domingo, abril 11

.. abril

Desde há um ano que penso na nossa vida tão igual e tão desigual, de como desejava que chegasse ao momento certo, de desejar-te imenso, de sonhar que tínhamos momentos intensos de amor, de imaginar se o que sentia seria normal e correcto, de questionar o normal e o anormal, de supostos erros e percalços, de quando tu apareces do nada e fazes-me espernear apenas pelo simples facto de estares ali, de como partilhas os pormenores da tua vida comigo, de te ouvir a falar sobre tudo e sobre nada, de te poder falar, de falar sobre ti, da tua presença, de tudo o que já vivemos, da nossa forma de esquecer por minutos o mundo quando falamos, do que contamos um para o outro, dos nossos encontros e desencontros, do modo como ouvimos a mesma música e a interpretamos de formas diferentes, de como eu fico emocionado cada vez que te vejo, de me sentir feliz quando estás por perto, de quando eu consigo surpreender-te pela positiva, de como eu fico nervoso à espera de uma resposta tua, de como paraliso por completo quando olhas fixamente para mim, de como transpiro em demasia cada vez que te toco, de pensar que foi o melhor dia da minha vida quando te vi pela primeira vez, da tua vida pessoal, da tua vida social, da tua vida em geral, de esperar por ti à frente do computador e tu lá aparecias como se soubesses que estava à tua espera, da vontade com que encaras a vida, da forma como gostas de ajudar os outros, da tua forma de pensar, da tua forma de agir, do teu rosto, do teu riso e de tudo o resto que reflecte a beleza e complexidade do teu self, da tua vulnerabilidade, das tuas defesas, dos teus medos, do teu modo de ser, de todo o teu ser, de todos os teus passos, do teu respirar, da tua voz, da tua honestidade, da tua sinceridade, do teu modo de nunca desistires e lutares sempre pelo o que queres, de cruzarmos pensamentos, de como debatemos ideias, de como chocámos um com o outro, de como valorizo imenso a tua opinião, de como tento alcançar a perfeição em tudo só para te fazer feliz, de como por vezes sufocava ao ouvir o teu nome e não te ver e não te ter por perto, de quando sofri por não te ter, de contar os passos cada vez que vais embora, de todos os dias te amar um pouco mais, da vontade que tenho de te proteger, de segurar-te em meus braços e nunca mais te largar, de todas aquelas coisas que gostaria de fazer contigo mas que não as faço por medo da tua opinião, das tuas revelações, de poder ser o teu companheiro, que sem ti torna-se difícil respirar, do tempo em que ficava ciumento por ver alguém muito perto de ti, de fugir contigo para um sítio onde pudéssemos estar a vontade e assim poder dizer-te pessoalmente tudo aquilo que as vezes parece que fica preso por causa do medo e que as vezes custa a sair mas que por ti arriscava, das noites que passei em branco a pensar em ti, de pensar que ficamos bem juntos, de andar pelas ruas de Lisboa sozinho a pensar em “nós”, de andar por aquelas mesmas ruas contigo, de que me disseste que aquele alguém por quem esperaste sou eu, dos dias em que fico tardes inteiras a olhar para fotos tuas, das vezes que nos encontramos na rua e quero-te beijar e não posso, de pensar que um dia no futuro ia fazer parte da tua vida e dos teus planos, de partilhar tudo contigo, de sermos só um, de experimentar este novo sentimento e vive-lo, de ter um 'para sempre' como nas frases dos pacotes de açúcar, de crescer contigo, de poder ouvir dizeres que também me amas e de poder senti-lo, de ter alguém que acredite em mim, de alguém que me perceba, de alguém que me aceite como sou, de alguém como tu… L