Daqui a uns (poucos) meses passo a fazer parte do número de jovens licenciados deste país. De certo que um diploma de conclusão do 1º ciclo de Psicologia não me permite exercer a profissão, mas marca sem dúvida o fim de uma etapa de três anos passados na Universidade da Madeira a aprender e a crescer em todos os sentidos. E como hoje eu estou numa de insónia e nostalgia só queria agradecer a todos aqueles que me acompanharam no meu mui nobre percurso, aos meus colegas de curso que estiveram sempre lá e que tal como eu foram ‘formatados’ para a carreira de Psi, acima de tudo ficam como amigos e companheiros. Todos Diferentes, todos Iguais. Personalidades únicas. Pessoas Excepcionais e que hei-de me lembrar sempre com a lágrima no canto do olho. As discussões sobre Freud. O quanto o Piaget é chato. E confirmar que o cão salivava quando o Pavlov tocava o sino. O facto de ninguém perceber de SPPS mas todos no final conseguirem realizar um trabalho de Investigação. Percebemos que Psicologia Cognitiva não é Psicologia da Personalidade, da Motivação, nem do Desenvolvimento; que Psicologia Clínica e Psicologia da Educação não são Psicologia das Organizações; que Neuropsicologia não é sinónimo de Psicopatologia, que Avaliação Psicológica é parecido, mas não é Intervenção Psicológica e que no final tudo é Psicologia. As noitadas a marrar e pregado em frente ao ecrã do portatil a acabar (ou a começar) trabalhos. Os bocejos nas aulas de Fundamentos da Cultura. Os Insights (Isto tá a fazer sentido?). Os professores estrangeiros das aulas de Biologia. Os trabalhos de grupo que acabavam em tardes de tertúlia e de chorar a rir até cair ao chão. As bebedeiras tomadas com meia cerveja. Agradecer aos professores por nos terem aturado e que podem dormir descansados e com o sentimento de dever cumprido, porque aqui a malta já não nada na maionese mas já joga bem com a prática psicológica e pode partir para o campo. E continuar a berrar que a UMa é nossa e louvar-lhe pelas magníficas propinas e levar na mente as trovadoras da sebenta, o megafone humano, as salas de estudo a rebentar pelas costuras, a fantástica comida servida no bar e o ar-condicionado que só funciona no Inverno. A todos os meus amigos (e esquecidos) que assinaram de bom agrado as minhas fitas de finalistas, aos meus pais por terem criado este ser maravilhoso e aos meus irmãos (também licenciados) por terem dado o exemplo. No sábado lá estarei a fazer o corte das fitas e lá conseguiram fazer uma cartola que servisse na minha cabeça e se adaptasse à minha juba (sim, foi o tamanho maior que fizeram, mas o que importa é que fizeram). Agora é partir po 'contenente' para um 2º ciclo de Mestrado e longe do ilhéu que me viu nascer, mas levar estas memórias cá dentro e agradecer por todas as coisas boas. Não é fácil deixar as nossas raízes, mas estou confiante que a partida só me irá fazer bem e alargar os horizontes.
‘Trust your Dreams’
Até Amanhã :)